Diário de uma diabética ligada no 220

Da série "Diários de uma diabética do tipo ligada no 220". Mais um dia normal por aqui, um dia sem hipo pois depois de três hipos essa semana eu diminui 1u da Lantus para estabilizar minha glicemia, fiquei duas semanas com sinusite a base de medicamentos que causaram uma certa resistência à insulina, então tive que aumentar a basal durante o período.

Mas, o foco aqui é mostrar o que fiz ao longo do dia.

Acordei, dei bom dia aos membros da AND, tomei meu café, fui trabalhar, treinei, postei camisetas no Correio, voltei ao trabalho e às 18h pensei: é agora, vou pra casa descansar.

Mas não, não foi isso que fiz. Ontem, falei que tinha meu próprio negócio, e imagino que vários devem ter pensado: essa patricinha aí vem falar de boca cheia que leva uma vida normal.

Sou privilegiada, eu sei; fiz graduação numa das melhores faculdades particulares do País (paga com muito suor de meu pai e de minha vovó), moro em um bairro central em Porto Alegre, consigo pagar uma academia, internet, plano de saúde... Porém, estou longe de ser rica.

Faxineira? Nunca coloquei nem no meu apartamento, nem no meu escritório, é tudo no meu bracinho (ainda me juntei a uma sócia leonina pão-dura como eu). Então, após uma semana longa, com o corpo cansado, a mente fervilhando, resolvi fazer uma limpeza no meu cantinho de trabalho, renovar as energias para que a próxima semana se inicie com muita positividade.

O que isso tem a ver com diabetes? Quando digo que tenho uma vida normal é disso que estou falando. Ter diabetes não me limita. Quem me limita, sou eu mesma.

Levo uma vida como qualquer outras pessoa. Não são os 3min que perco para medir minha glicemia, contar meus carboidratos e aplicar insulina antes de comer que me fazem ser menos que outras pessoa.

Agora vamos pra casa comer a pizza que fiz ontem antes que bata a hipo.

Um bom final de semana a todos!

Persistam, insistam e agradeçam.