Lipodistrofia insulínica
- Daniela Coelho Olmos
- 5 de abr. de 2017
- 2 min de leitura
Você já notou algum "calombo" onde aplicou insulina? Existe um nome para isso: LIPODISTROFIA Mas o que é esse nome difícil? Quando se aplica a insulina sempre na mesma região do corpo, seja através de seringa, caneta de aplicação ou cânula de bomba de insulina, pode-se causar um inconveniente que, além de problemas estéticos, traz também efeitos sobre a correta absorção da insulina. Este problema é chamado lipodistrofia ou lipohipertrofia, e pode ser facilmente identificado como uma espécie de acúmulo de gordura. A lipodistrofia, por sua vez, se divide em dois tipos: 1- Lipohipertrofia ou hipertrofia de insulina: aparece sempre de forma suave em formato de nódulos nos locais das injeções. Esta condição pode ser causada pelos efeitos naturais da insulina, por não realizar corretamente o rodízio dos locais de aplicação ou pela reutilização de agulhas. Para evitar o desenvolvimento de hipertrofia, vale alternar os locais de aplicação e não reutilizar as agulhas. 2- Lipoatrofia: é a perda de gordura sob a pele. Esta condição acontece no momento em que há um declive dentro da pele de textura firme. Isto ocorre com mais frequência com insulinas misturadas. A lipodistrofia acontece só na barriga? É muito mais comum ocorrer a lipodistrofia na região abdominal, não por essa região ser mais propensa, mas porque é o local mais prático e indolor para o diabético fazer a auto-aplicação e, por isso, acaba sendo o mais utilizado. Além disso, a camada de gordura formada na lipodistrofia diminui ainda mais a eventual sensação de dor, o que faz com que muitas pessoas acabem preferindo esta região. O problema é que a diminuição da absorção da insulina neste local afetado acaba por levar ao aumento da ocorrência de episódios de hipo e hiperglicemias em horários não esperados e, consequentemente, obriga o diabético a cada vez mais aumentar a sua dosagem de insulina. Como prevenir? • Revezar os locais de aplicação (abdômen, braços, coxas e nádegas) – falamos sobre o rodízio aqui. • Intercalar os locais das injeções dentro da área escolhida. • Alternar os lados (direito e esquerdo) da parte do corpo usada. •Trocar a agulha a cada aplicação pois o reaproveitamento dela também pode causar a lipodistrofia, uma vez que a ponta da agulha reutilizada ganha a forma de um “anzol”, e este pode lacerar o tecido no momento em que se retira ela. A lipodistrofia é mais fácil de ser sentida do que observada, por isso, o diabético deve verificar os locais de aplicação com os dedos frequentemente. Caso sinta alguma anormalidade, como textura, saliência ou cavidade se formando, deve avisar o médico e trocar o local de aplicação. E se eu já desenvolvi a lipodistrofia? Quem já desenvolveu a lipodistrofia não precisa ficar preocupado. Basta passar a utilizar outros locais para a aplicação, deixando a região afetada descansar até que o acúmulo de gordura desapareça completamente, o que costuma acontecer em aproximadamente um mês. Depois, é só fazer o rodízio rotineiramente para evitar novas ocorrências. *Alguns diabéticos relataram que drenagem linfática no local ajudou no desaparecimento desse acúmulo de gordura.

Fontes: https://www.bd.com/brasil/diabetes/page.aspx?cat=19151&id=19415 http://diabeticosaudavel.com.br/blog/lipodistrofia-evita-la
Comments